por Paulo Henrique Amorim
O Ministro da Educação Fernando Haddad identificou entre 1.800 e 2.000 provas que deverão ser refeitas no ENEM deste fim de semana.
A gráfica contratada produziu 10 milhões de provas.
Houve problema num lote de 20 mil provas.
Dessas 20 mil provas, 10% podem ter problema.
Ou seja, seria uma relação de dois problemas em mil provas produzidas.
Um horror !
É preciso Privatizar a educação no Brasil, diriam a elite branca e os donos de cursinhos.
O Ministro Haddad agora vai examinar caso a caso a situação destas 1.800 provas.
Identificados aqueles efetivamente prejudicados eles farão uma nova prova.
O Ministro Haddad usa o chamado método TRI, que permite aplicar provas em dias diferentes com o mesmo grau de dificuldade.
No ENEM 2009, isso foi feito com pleno sucesso em presídios e em duas cidades do Espírito Santo que, no dia do exame, foram alagadas.
Não há problema nenhum !
O único problema é que o ENEM cria uma mudança estrutural no acesso à universidade brasileira.
O ENEM facilita e estimula o acesso dos pobres.
É por isso que uma inovação bem sucedida e importada dos Estados Unidos se transforma no Brasil numa guerra de classes.
Bendito o segundo turno.
Foi no segundo turno que caíram algumas das máscaras.
Uma delas é a ideologia da Casa Grande que sobrevive instalada na alma e no bolso de uma elite que pensa que o Brasil é bicolor.
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