terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Cuba tem 0% de desnutrição infantil


UNICEF confirma: Cuba tem 0% de desnutrição infantil

Segundo a ONU, Cuba é o único país da América Latina e Caribe que eliminou a desnutrição infantil severa, graças aos esforços do governo para melhorar a alimentação da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis. As duras realidades do mundo mostram que 852 milhões de pessoas padecem de fome e que 53 milhões delas vivem na América Latina. Só no México há 5,2 milhões de pessoas desnutridas. No Haiti, são 3,8 milhões, enquanto que, em todo o planeta, mais de cinco milhões de crianças morrem de fome todos os anos.

A existência de cerca de 146 milhões de crianças menores de cinco anos abaixo do peso ideal no mundo em desenvolvimento contrasta com a realidade das crianças cubanas que estão livres desta enfermidade social. Essas preocupantes cifras apareceram em um recente relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), intitulado “Progresso para a Infância, um balanço sobre a nutrição”, divulgado na sede da ONU. Segundo o documento, os índices de crianças abaixo do peso são de 28% na África Subsaariana, 17% no Oriente Médio e África do Norte, 15% na Ásia Oriental e Pacífico, e 7% na América Latina e Caribe. Depois vem a Europa Central e do Leste, com 5%, e outros países em desenvolvimento, com 27%.

Cuba é o único país da América Latina e Caribe que eliminou a desnutrição infantil severa, graças aos esforços do governo para melhorar a alimentação da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis. As duras realidades do mundo mostram que 852 milhões de pessoas padecem de fome e que 53 milhões delas vivem na América Latina. Só no México há 5,2 milhões de pessoas desnutridas. No Haiti, são 3,8 milhões, enquanto que, em todo o planeta, mais de cinco milhões de crianças morrem de fome todos os anos.

Segundo estimativas da ONU, não seria muito custoso garantir saúde e nutrição básica para todos os habitantes dos países em desenvolvimento. Para alcançar essa meta, bastariam 13 bilhões de dólares adicionais ao que se destina atualmente, uma cifra que nunca foi atingida e que é exígua se comparada com os bilhões de dólares destinados anualmente à publicidade comercial, os 400 bilhões gastos em medicamentos tranqüilizantes ou mesmo os 8 bilhões de dólares que são gastos em cosméticos nos Estados Unidos.

Para satisfação de Cuba, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) também reconheceu que esta é a nação com os maiores avanços na luta contra a desnutrição na América Latina. O Estado cubano garante uma cesta básica alimentar que permite a alimentação de sua população ao menos em dois níveis básicos, mediante uma rede de distribuição de produtos alimentícios. Além disso, há instrumentos econômicos em outros mercados e serviços locais para melhorar a alimentação do povo cubano e atenuar o déficit alimentar. Especialmente, há uma constante vigilância sobre o sustento das crianças e adolescentes. A nutrição começa com a promoção de uma melhor e mais natural forma de alimentação.

Desde os primeiros dias de nascimento, os incalculáveis benefícios do aleitamento materno justificam todos os esforços realizados em Cuba em favor da saúde e do desenvolvimento de sua infância. Isso tem permitido elevar os índices de recém nascidos que recebem aleitamento materno até o quarto mês de vida e que seguem consumindo esse leite, complementado com outros alimentos, até os seis meses de idade. Atualmente, 99% dos recém nascidos saem das maternidades com aleitamento materno exclusivo, índice superior à meta proposta, que é de 95%, segundo dados oficiais, nos quais se indica que todas as províncias do país cumprem essa meta.

Apesar das difíceis condições econômicas enfrentadas pela ilha, o governo cuida da alimentação e da nutrição das crianças mediante a entrega diária de um litro de leite a todas as crianças até sete anos de idade. Soma-se a isso a entrega de outros alimentos que, dependendo das disponibilidades econômicas do país, são distribuídos eqüitativamente para as idades mais pequenas da infância. Até os 13 anos de idade se prioriza a distribuição subsidiada de produtos complementares como o iogurte de soja e, em situações de desastre, se protege a infância mediante a entrega gratuita de alimentos de primeira necessidade.

As crianças incorporadas aos Círculos Infantis e às escolas primárias com regime de semi-internato recebem, além disso, o benefício do contínuo esforço por melhorar sua alimentação quanto à presença de componentes dietéticos, lácteos e protéicos. Com o apoio da produção agrícola – ainda enfrentando condições de severa seca – e a importação de alimentos, alcança-se um consumo de nutrientes acima das normas estabelecidas pela FAO. Em Cuba, esse indicador não é a média fictícia entre o consumo alimentar dos ricos e dos que passam fome.

Adicionalmente, o consumo social inclui a merenda escolar que é distribuída gratuitamente a centenas de milhares de estudantes e trabalhadores da educação, com cotas especiais de alimentos para crianças até 15 anos e pessoas de mais de 60 anos nas províncias do leste da ilha. Nesta relação, estão contempladas as grávidas, mães lactantes, anciãos e incapacitados, crianças com baixo peso e altura e o fornecimento de alimentos aos municípios de Pinar del Rio e Havana e também para a Ilha da Juventude. Essas regiões foram atingidas no ano passado por furacões, enquanto que as províncias de Holguín, Las Tunas e cinco municípios de Camaguey sofrem atualmente com a seca.

Esse esforço conta com a colaboração do Programa Mundial de Alimentos (PMA), que contribui para a melhoria do estado nutricional da população mais vulnerável da região oriental, beneficiando mais de 631 mil pessoas. A cooperação do PMA com Cuba data de 1963, quando essa agência ofereceu assistência imediata às vítimas do furacão Flora. Até hoje, já foram concretizados no país cinco projetos de desenvolvimento e 14 operações de emergência. Recentemente, Cuba passou de ser um país receptor a um país doador de ajuda.

O tema da desnutrição tem grande importância na campanha da ONU para atingir, em 2015, as Metas de Desenvolvimento do Milênio, adotada em uma cúpula de chefes de Estado em 2000 e que tem entre seus objetivos eliminar a pobreza extrema e a fome. A ONU considera que Cuba está na vanguarda do cumprimento dessas metas em matéria de desenvolvimento humano. Mesmo enfrentando deficiências, dificuldades e sérias limitações pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA há mais de quatro décadas, Cuba não mostra índices alarmantes de desnutrição infatil como ocorre em outros países. Nenhuma das 146 milhões de crianças menores de cinco anos com problemas de baixo peso, que vivem hoje no mundo, é cubana.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

tirado do Blog do velho Comunista

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Cenário sobre professores no Brasil é preocupante


Para consultor da Unesco, cenário sobre professores no Brasil é preocupante

Paula Laboissière

Brasília - Problemas na formação continuada dos professores e até mesmo na formação inicial, além da baixa remuneração, compõem um cenário "preocupante", de acordo com o consultor em educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Célio da Cunha.

Ao comentar o estudo Professores do Brasil: Impasses e Desafios, lançado pela Unesco na semana passada, Cunha lembrou que os professores representam o terceiro maior grupo ocupacional do país (8,4%), ficando atrás apenas dos escriturários (15,2%) e dos trabalhadores do setor de serviços (14,9%). A profissão supera, inclusive, o setor de construção civil (4%).

O especialista destaca, entretanto, que é preciso "elevar o status" do professor no Brasil. A própria Unesco, ao concluir o estudo, recomenda a necessidade de "uma verdadeira revolução" nas estruturas institucionais e de formação. Dados da pesquisa indicam que 50% dos alunos que cursam o magistério e que foram entrevistados disseram que não sentem vontade de ser professores. Outro dado "de impacto", segundo Cunha, trata dos salários pagos à categoria - 50% dos docentes recebem menos de R$ 720 por mês.

O estudo alerta para um grande "descompasso" entre a formação teórica e a prática do ensino. Para Cunha, a formação do docente precisa estabelecer uma espécie de "aliança" entre o seu conteúdo e um projeto pedagógico, para que o professor tenha condições de entrar em sala de aula.

Como recomendações, a Unesco defende a real implementação do novo piso salarial e a política de formação docente, lançada recentemente. Cunha acredita que esses podem ser "pontos de partida" para uma "ampla recuperação" da profissão no Brasil.

"Se houver continuidade e fazendo os ajustes necessários que sempre surgem, seguramente, daqui a alguns anos, podemos ter um cenário bem mais promissor do que o atual", disse, ao ressaltar que sem professores bem formados e com uma remuneração digna não será possível atingir a qualidade que o Brasil precisa para a educação básica. "Isso coloca em risco o futuro do país, por conta da importância que a educação tem em um mundo altamente competitivo e em uma sociedade globalizada."

Paula Laboissière é repórter da Agência Brasil

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Minha Crônica de Natal

O dia 25 está chegando, o que pensar do natal? Uma festa cristã ou uma festa do Capital? Se você parar pra pensar métade do planeta nem comemora essa data. Os Judeus, Os Mulçumanos, os Budistas e os Confucionistas, nem dão importância pra essa data, já que Jesus tem outro significado pra eles, e não um Messias como nós acreditamos. Mais para o Capital a religião vem em segundo plano, o Deus dinheiro fala mais alto, compras e compras nessa época, assim como os Judeus o nosso Natal tem outro significado.

Mais sempre quando chega essa data eu vejo como uma data de reunir á família, mais por que não nós reunimos mais vezes. Muitas pessoas acham o natal à época de pedir perdão, mais por que não pedimos perdão hoje, por que esperar o dia 25 pra isso.

Bem! Festa cristã ou do Capital, essa data me lembra da minha infância quando ainda acreditava em papai Noel, e dormia bem cedo na expectativa de ver meus presentes no dia seguinte, que sempre ficavam em baixo da cama, isso sim é a lembrança que eu trago do natal. A festa da minha infância, esse pra mim é o verdadeiro significado pra esse dia 25.



Um feliz Natal pra todos



Sandro Gomes dos Santos

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Le Monde Diplomatique: o embate entre governo Lula e rede Globo


No início da década de 1980, centenas de milhares de brasileiros cantaram em coro “O povo não é bobo, abaixo a rede Globo!”, quando a corporação na qual se apoiou a ditadura militar censurou as mobilizações populares contra o regime militar, utilizando fotonovelas e futebol para tentar anestesiar a opinião pública. Hoje, um segmento crescente do público brasileiro expressa seu descontentamento frente o grupo midiático hegemônico.

Por Dario Pignotti*, no Le Monde Diplomatique (Cone Sul e Espanha) [...]

Medições de audiência e investigações acadêmicas detectaram um dado, em certa medida inédito, sobre as relações de produção e consumo de informação: a credibilidade da rede Globo, inquestionável durante décadas, começa a dar sinais de erosão. Contudo, é possível perceber uma diferença substantiva entre a indignação atual e o descontentamento daqueles que repudiavam a Globo durante as mobilizações de três décadas atrás em defesa das eleições diretas.

Em 1985, José Sarney, primeiro presidente civil desde o golpe de Estado de 1964, obstruiu qualquer pretensão de iniciativa reformista relativa à estrutura de propriedade midiática e ao direito à informação, em cumplicidade com a família Marinho – proprietária da Globo, da qual, aliás, era sócio. O atual chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva, parece disposto a iniciar a ainda pendente transição em direção à democracia na área da comunicação.

No início de 2009, no Fórum Social Mundial realizado na cidade de Belém, Lula convocou uma Conferência Nacional de Comunicação. A partir daí, mais de 10 mil pessoas discutiram em assembleias realizadas em todo o país os rumos da comunicação e definiram propostas para levar para a Conferência, realizada de 14 a 17 de dezembro, em Brasília.

“É a primeira vez que o governo, a sociedade civil e os empresários discutem a comunicação; isso, por si só, já é uma derrota para a Globo e sua política de manter esse tema na penumbra (...). O presidente Lula demonstrou estar determinado a instalar na sociedade um debate sobre a democratização das comunicações; creio que isso terá um efeito pedagógico e poderá converter-se em um dos temas da campanha (de 2010)”, assinala Joaquim Palhares, diretor da Carta Maior e delegado na Conferência.

O embate entre Lula e a Globo poderia ser resumido como uma disputa pela verossimilhança, um bem escasso no mercado noticioso brasileiro. Ao participar quase que diariamente de atos ou eventos públicos, o presidente dialoga de forma direta com a população, estabelecendo um contrato de confiança que contrasta com a obstinação dos meios dominantes em montar um discurso noticioso divorciado dos fatos que, às vezes, beira a ficção.

Lula configura um “fenômeno comunicacional singular; o povo acredita nele, não só porque fala a linguagem da gente simples, mas porque as pessoas mais carentes foram beneficiadas com seus programas sociais; isso é concreto, o Bolsa Família atende a 45 milhões de brasileiros que não prestam muita atenção ao que diz a Globo”, observa a professora Zélia Leal Adghirni, doutora em Comunicação e coordenadora do programa de investigação sobre Jornalismo e Sociedade da Universidade de Brasília.

“Por que Lula ganhou duas vezes as eleições (2002 e 2006), uma delas contra a manifesta vontade da Globo? Por que Lula tem uma popularidade de 80%?”, pergunta Adghirni, para quem “as teorias de comunicação clássica que estudamos na universidade não são aplicadas ao fenômeno Lula. Desde a teoria da ‘agulha hipodérmica’ até a da ‘agenda setting’, dizia-se que os meios formam a opinião ou pautam o temário do público, mas com Lula isso não ocorre: os meios de comunicação estão perdendo o monopólio da palavra”.

Por outro lado, como se sabe, a construção de consensos sociais não se galvaniza só com mensagens racionais ou versões críveis da realidade, também é necessário trabalhar no imaginário das massas, um território no qual a Globo segue sendo praticamente imbatível. A empresa do clã Marinho controla o patrimônio simbólico brasileiro: é a principal produtora de novelas e detém os direitos de transmissão das principais partidas de futebol e do carnaval carioca.

Frente à gigantesca indústria de entretenimento da Globo, o governo é praticamente impotente. Não obstante, a imagem do presidente-operário provavelmente ganhará contornos míticos em 2010, com o lançamento do longa-metragem Lula, o Filho do Brasil, que será exibido no circuito comercial e em um outro alternativo (sindicatos e igrejas). O produtor Luis Carlos Barreto prevê que cerca de 20 milhões de pessoas assistirão à história do ex-torneiro mecânico que se tornou presidente, o que seria a maior bilheteria da história no país.

O balanço provisório da política de comunicação de Lula indica que esta tem sido errática. Em seu primeiro mandato (2203-2007), impulsionou a criação de um Conselho de Ética informativa, iniciativa que arquivou diante da reação empresarial. Após essa tentativa fracassada, o governo não voltou a incomodar as “cinco famílias” proprietárias da grande imprensa local, até o final de sua primeira gestão.

Em seu segundo governo – iniciado em 1° de janeiro de 2007, Lula nomeou Hélio Costa como ministro das Comunicações, um ex-jornalista da Globo que atua como representante oficioso da empresa no ministério. Mas enquanto a designação de Costa enviava um sinal conciliador aos grupos privados, Lula seguia uma linha de ação paralela.

Em março de 2008, o Senado, com a oposição cerrada do PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aprovou o projeto do Executivo para a criação da Empresa Brasileira de Comunicações, um conglomerado público de meios que inclui a interessante TV Brasil, para a qual, em 2010, o Estado destinará cerca de US$ 250 milhões. O generoso orçamento e a defesa da nova televisão pública feita pelos parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) indicavam que Lula havia decidido enfrentar a direita política e midiática. Ao mesmo tempo em que media forças com a Globo – ainda que não de forma aberta -, Lula aproximou posições com as empresas de telefonia (interessadas em participar do mercado de conteúdos e disputar terreno com a Globo) e algumas televisões privadas, como a TV Record – de propriedade de uma igreja evangélica.

A estratégia foi tomando contornos mais firmes no final do mês de outubro quando Lula defendeu, durante uma cerimônia de inauguração dos novos estúdios da Record no Rio de Janeiro, o fim do "pensamento único" capitaneado por alguns formadores de opinião (em óbvia alusão à Globo) e a construção de um modelo mais plural. Dias mais tarde, o mesmo Lula afirmava: “Quanto mais canais de TV e quanto mais debate político houver, mais democracia teremos (...) e menos monopólio na comunicação”.

Com um discurso monolítico e repleto de ressonâncias ideológicas próprias da Doutrina de Segurança Nacional (como associar qualquer objeção à liberdade de imprensa empresarial com ocultas maquinações “sovietizantes”), o grupo Globo lançou uma ofensiva, por meios de seus diversos veículos gráficos e eletrônicos, contra a incipiente tentativa do governo de estimular o debate sobre a atual ordem informativa, que alguns definem como um “latifúndio” eletrônico.

O primeiro passo neste sentido, assinala Joaquim Palhares, foi “esvaziar e boicotar a Conferência Nacional de Comunicação, retirando-se dela, dando um soco na mesa e saindo impestivamente para tentar deslegitimá-la”, movimento seguido por outros grupos midiáticos. O segundo movimento consistiu em articular um discurso institucional para fazer um cerco sanitário contra o contágio de iniciativas adotadas por governos sulamericanos como os da Argentina, Equador e Venezuela, orientadas na direção de uma reformulação do cenário midiático.

A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) “temem que o que ocorreu na Argentina se repita no Brasil; eles veem essa lei como uma ameaça e começaram a manifestar sua solidariedade com a imprensa da Argentina”, afirma Zélia Leal Adghirni. O receio expresso pelas entidades representativas dos grandes conglomerados midiáticos é o seguinte: se o descontentamento regional contra a concentração informática ganha força junto à opinião pública brasileira, poderia romper-se a cadeia de inércia e conformismo que já dura décadas e, quem sabe, iniciar-se um gradual – nunca abrupto – processo de democratização.

O inverso também se aplica: se o Brasil, liderado por Lula, finalmente assumir como suas as teses do direito à informação e à democracia comunicacional, é certo que essa corrente de opinião, atualmente dispersa na América Sul, poderá adquirir uma vertebração e uma legitimidade de proporções continentais.


* Dario Pignotti é jornalista e doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo

Publicado no Portal Vermelho

Literatura Comunista - Parte II

Teses sobre Feuerbach
Karl Marx

O 18 Brumário de Luís Bonaparte
Karl Marx

Do Socialismo Utópico ao Socialismo Cientifico
Friedrich Engels

Ludwig Feuerbach e o fim da filosofia Clássica Alemã
Friedrich Engels

O Papel do trabalho na transformação do macaco em Homem
Friedrich Engels

Que fazer?
Lênin

As três fontes e as três partes constitutivas do Marxismo
Lênin


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Literatura Comunista - Parte I

Revolução Permanente
Leon Trotsky


O que foi a Revolução de Outubro

Leon Trotsky


A Revolução Russa e o movimento negro norte-americano

James P. Cannon

Manifesto do Partido Comunista

Karl Marx e Friedrich Engels

A Ideologia Alemã - Introdução

Karl Marx e Friedrich Engels

A questão judaica

Karl Marx

Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel

Karl Marx

Salário Preço e Lucro

Karl Marx

As pretensas cisões na Internacional e os bakuninistas

Karl Marx

Manuscritos Econômicos – Filosóficos
Karl Marx


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A revolução Permanente - Leon Trotsky

Leon Trotsky( Lev Davidovitch Bronstein), nascido em 1879 na Rússia e assassinado no México em 1940, ocupa, no contexto do Marxismo militante conteporâneo, posição singurlamente marcante. Autor de extensa obra político - cientifica, inteiramente relacionada à transformação da sociedade capitalista em sociedade socialista.

Escrito em 1928, A revolução permanente, cujo núcleo teórico remonta a 1905, permite, ainda, que se aprecie, por um lado, a posição de Trotsky a respeito do Bolchevique " Ditadura democrática do Proletáriado e dos Camponeses" e , nessa medida, a famosa questão de suas antigas e superadas divergências com Lênin. De outra parte, o presente livro é clara expressão das críticas de Trotsky à política da Terceira Internacional, então dirigida a Stalin. Por fim, polemizando com Radek, Trotsky analisa a experiência das duas revoluções russas e da revolução chinesa de 1927.
Assim, pois, a questão abordada nesta obra é, antes de mais, a do carácter das revoluções na sociedade comteporânea, tanto no que concerne ao seu conteúdo de classe, quanto às suas forças motrizes, à sua evolução e aos seus objetivos.

Além dessa obra ter significado muito no contexto da literatura Comunista, tem um real valor histórico, pois mostras o verdadeiro ideal da revolução russa, que foi interrompido por intermédio de Stálin, que jogou fora todo o contexto da revolução permanente em troca da revolução em um único país. A revolução permanente nos mostra a teoria do que poderia ser o comunismo na Europa, e como Stálin virou as costas para movimentos de carater comunista na Alemanha, Bulgária, Estônia, na França, na Inglaterra e na Espanha., interrompeu um processo de socialismo permanente nesses países. Segundo o trotskismo, as causas de todos esses espantosos desastres devem ser procuradas na teoria do socialismo num só país, que se tornou um manancial de nefastos erros socialpatriotas inevitáveis encabeçado por Stalin.
A obra também mostra como Trotsky e Lênin tinham um pensamento bem parecido, em vários trechos a obra mostra vários pensamentos de ambos e compara os dois com uma singularidade quase que perfeita. Hoje a Europa e o mundo poderia ter um socialismo presente e forte, se Trotsky tivesse assumido o poder na URSS após a morte de Lênin. Mais devido a um golpe de baixo escalão de Stálin isso não foi possível, e graças a Stálin, a Europa tem uma visão negativa daquilo que Stálin chamou de comunismo.

A maioria dos militantes proletários dos dias de hoje e por que não dizer: grande parte dos intelectuais voltados para o estudo da teoria da revolução permanente, não conhecem mais do que a deformação caricatural que dela fazem os seguidores de Stálin. Então nada mais justo do que ler essa brilhante obra de Trotsky, para entender o que de fato foi a revolução permanente.

Por: Hermínio Sacchetta e Sandro Gomes

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Evo Morales é reeleito na Bolívia


Por ser reeleito Evo Morales assumirá a presidência por mais cinco anos, e com essa vitória o presidente e seu Partido Movimento ao Socialismo (MAS) passarão a ter um maior peso no Congresso nacional, agora com 130 deputados e 36 senadores. Com isso, Evo Morales poderá desenvolver sem impedimentos sua proposta para uma nova Constituição
Antes mesmo de um anúncio oficial sobre a vitória, Evo Morales apareceu na sacada do Palácio Presidencial na Praça Murillo de La Paz e proclamou sua vitória, dizendo: “hoje Bolívia demonstra novamente uma votação democrática. Temos demonstrado que é possível mudar o país a partir do voto do povo”. Evo também agradeceu a pequena burguesia por ter lhe dado alguns votos. “Aqui também estão os profissionais."


E que assim o Socialismo avance cada vez mais na América Latina
Viva o Socialismo Sempre!!!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ser Comunista


Recebi essa foto de uma amiga (Paulla), e fiquei olhando para ela e pensando, o que é ser comunistas em um país capitalista e aparentemente "estabilizado" como o Brasil. Como acreditar em uma revolução?? Bem, já dizia o grande Ernesto Che Guevara em seu livro “Guerras de Guerrilhas” que para ter uma revolução o país deve ta passando por algum momento político ou econômico propicio, coisa que não é o caso do Brasil. E como ser Um Comunista então?? Ser Comunista não só aquele que acredita em uma revolução armada, ser comunista está muito, além disso, ser comunistas é acreditar que todos somos iguais, sem preconceito entre raça, classe social e opção sexual, ser comunista é está sempre a disposição para ajudar o próximo, ser Comunista é ter um vasto conhecimento da Literatura comunista, pois o Comunismo não é tão simples assim, é necessário entede-lo antes de sair por aí falando que é comunista. A transformação tem que vim do nosso interior, para que possamos mudar algo, é preciso primeiro mudar a nós mesmo.

"A Revolução está dentro de nosso corações"

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tententender - Pouca Vogal

TENTENTENDER
Humberto Gessinger / Duca Leindecker


se eu disser que vi rastejar
a sombra do avião
feito cobra no chão
tent'entender minha alegria:
a sombra mostrou o que a luz escondia

se eu quiser ser mais direto
vou me perder
melhor deixar quieto
tent’entender, tent’enxergar
o meu olhar pela janela do avião

?que amor era esse que não saiu do chão?
não saiu do lugar só fez rastejar o coração

se eu disser
que tive na mão a bola do jogo
não acredite
tent’entender minha ironia
se eu disser que já sabia

o jogo acabou de repente
o céu desabou sobre a gente
tent'entender: quero abrigo
e não consigo ser mais direto

?que amor era esse que não saiu do chão?
não saiu do lugar só fez rastejar o coração



leindecker: guitarra, percussão
gessinger: piano

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Eles ainda rezam antes de roubar!

Depois das cenas em que o atual presidente da Câmara Distrital, Leonardo Prudente (DEM), guarda dinheiro nas próprias meias, feitas em 2006, o acervo de vídeos que mostram os bastidores do suposto esquema de pagamento de mesada para a base aliada do governo do Distrito Federal revela deputados rezando em um dos encontros com Durval Barbosa, autor dos vídeos.

O ex-policial, que era secretário de Relações Institucionais do governo de José Roberto Arruda (DEM), aceitou cooperar com a Polícia Federal em troca dos benefícios da delação premiada. No vídeo, o deputado Rubens César Brunelli (PSC), o atual presidente da Câmara, e Barbosa se abraçam e realizam uma longa oração.

Os deputados e o ex-secretário comemoram, batem palmas e começam a rezar: “Pai, eu quero te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos”, diz o deputado Brunelli, que faz a oração. “Precisamos dessa tua cobertura, dessa tua graça, da tua sabedoria, de pessoas que tenham, senhor, armas para nos ajudar nessa guerra e, acima de tudo, todas as armas podem ser falhas, todos os planejamentos podem falhar, mas o senhor nunca falha”, complementa.

por Robson Bonin

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