segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Sem perder o foco

A estratégia política

Quando a presidenta Dilma foi à cerimônia de 90 anos da Folha de São Paulo, na semana passada, causou mal-estar em todos nós que apoiamos o governo Lula e a candidatura dela, contra o jornalão. Mas, como estratégia política, ela estava certa.

Ela colocou no bolso a oposição demo-tucana paulista e o PIG (Partido da Imprensa Golpista). A oposição, que já está na UTI, ficou menor ainda, foi desarmada, com ela sendo o centro da festa em pleno reduto oposicionista. De quebra, Dilma tomou a bandeira da liberdade de imprensa, daqueles que a criticavam justamente por isso.

Se nós sentimos mal-estar, pior foi para os reacionários demo-tucanos verem FHC, Alckmin, José Serra fazerem fila para beijar a mão da presidenta. Pior para eles foi ver FHC pedir audiência àquela que ele chamava de “poste”. A oposição sentiu o golpe, tanto que enquanto nós aqui discutimos abertamente, eles simplesmente abafaram o caso, tratando com descrição para reduzir danos.

O que dá prestígio a um jornal não é cerimônias como estas, por mais gente importante que compareça. O que dá prestígio a um jornal são notícias exclusivas. É preciso notar que Dilma não concedeu ao jornalão nenhuma entrevista exclusiva, nem antecipou nenhuma notícia do governo que pudesse ser manchete.

Dilma também será vista na Rede TV, onde gravou entrevista para a estréia do Programa da Hebe Camargo; e na TV Globo, no programa de Ana Maria Braga, gravado hoje, e que deve ir ao ar amanhã, em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher.

Desta vez a Presidenta gravou entrevista (diferente do que fez na Folha), mas de novo, dosou a “ração” que oferece ao PIG. Pelo que antecipa o G1 (das organizações Globo), também não haverá “furos”, sendo uma conversa sobre amenidades, inclusive culinárias.

Obviamente que a Globo gostaria de uma entrevista da Presidenta no horário nobre, em um programa como o Fantástico, mas Dilma concedeu para um programa de nicho e para uma apresentadora que manteve-se isenta durante a campanha eleitoral (mesmo que tenha servido à oposição no passado como militante do fracassado movimento Cansei).
A imagem

Os telespectadores (na maioria telespectadoras) terão a oportunidade de prestar atenção no que ela diz, em vez do que dizem dela. Para o perfil da audiência desses programas, não é uma má decisão a Presidente aparecer como ela é.

É bastante provável que uma boa parte das telespectadoras destes programas tenham formado uma imagem deturpada da Presidenta pelo que ouviram dizer de homens que acompanham a política, e passem a ficar com uma boa imagem dela.

O problema é conseguir ganhos de imagem pelo lado do PIG, e perda da imagem junto à militância aguerrida do outro lado do PIG, que tem se sentido preterida, conforme inúmeros comentários sinceros na última semana, aqui e em diversos outros blogs.

O governo que Dilma está fazendo é, em essência, o que Lula faria se tivesse um terceiro mandato. As decisões que Dilma está tomando, tirando uma escolha ou outra, são as mesmas que Lula tomaria. Então, por que essa percepção não está chegando à militância?

Alguma coisa precisa ser feita para não baixar o moral da militância e não desestimular a mobilização conquistada, sem querer.

A notícia

A democratização dos meios de comunicação passa pela democratização da interlocução, e isso independe de novos marcos regulatórios. Depende da comunicação governamental diversificar os interlocutores com a sociedade.

Quantas vezes vimos no governo Lula, o presidente e a própria Dilma quando ministra, concederem entrevistas coletivas, e todo o PIG pinçarem trechos fora do contexto para usarem contra eles?

Era a blogosfera quem tinha que procurar a entrevista inteira e desmentir as artimanhas do PIG, travando uma verdadeira guerra pelo livre fluxo das notícias, sem a censura e manipulação do PIG.

O PIG teve sua lua-de-mel até com Lula no início do mandato, em 2003, quando as empresas de mídia estavam falidas e tentavam socorro no BNDES. Depois detonou-o, quando não conseguiram socorro, e conspiraram abertamente com um noticiário seletivo no “mensalão”.

É natural que o PIG tenha sua lua-de-mel com Dilma, agora no início do mandato, e que Dilma explore bem essa boa relação neste período, até como estratégia de fortalecer-se para batalhas futuras.

Mas é importante nunca perder o foco de fortalecer as outras mídias que fazem contraponto ao PIG, nem desmobilizar a militância, porque elas serão necessárias na hora em que a oposição sair da UTI, já nas eleições de 2012, e mais ainda quando despontar um candidato das elites realmente viável para 2014 (até mesmo dissidente da base governista), certamente apoiado pelo PIG.

Por: Conversa Afiada

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A questão da Líbia, por Sandrodavidovitch

A Líbia em destaque


A questão da Líbia é bem diferente daquela que foi encontrada no Egito. O ditador kadafi vem reprimindo as manifestações com extrema violência. Os manifestantes opositores já tomaram as cidades mais importante da Líbia e já estão próximo da Capital Tripole. Na capital Trípole Kadafi vem montando uma verdadeira estrutura de guerra pra se defender que segundo o próprio falou só sai da Líbia morto.

 
Muammar al-Khaddafi
, Moammar Gadhafi, Muammar al-Qadhafi, Mu'ammar Al-Qadhafi, Muammar al-Khadafi.
São vária as formas de escrever o nome do ditador líbio devido o seu nome ser assinado sempre em árabe e nunca escrito em lingas ocidentais.
Quando kadafi assumiu o poder da Líbia ele mandou retirar da Líbia todos os americanos vindos através da aliança entre Idris I antigo rei líbio e os EUA, fechou as danceterias, bordéis e bares trazidos pelos americanos, impondo à toda Líbia respeito aos preceitos e morais do islamismo, proibiu a exportação de petróleo para os EUA e confiscou propriedades internacionais.

Kadafi começou a patrocinar e apoiar todos grupos, países e facções anti-americanas/israelenses de que tinha conhecimento, entre eles os Panteras Negras, o Fatah e alguns países do Oriente Médio, tentando dar continuidade ao trabalho de Nasser (Antigo líder egípcio), que tanto admirara. Inclusive Kadafi teve ligação direta com o massacre de Munique, que ocorreu durante a realização dos jogos Olímpicos no dia 5 de setembro de 1972, patrocinando e dando cobertura ao grupo que ficou conhecido como Setembro Negro. Onze atletas israelenses foram assassinados nesse episódio.
Após sua mulher e sua filha morrerem em um bombardeio americano a Trípoli, Kadafi se distanciou superficialmente de suas alianças com grupos terrorista.

Hoje a Europa é umas das grandes favorecidas pelo petróleo vindo da Líbia ,apesar das sanções americanas que foram abrandadas depois que o Líder mostrou-se arrependido pelos atos terroristas e de ter assumido vários deles. Hoje a Líbia é um dos grandes parceiros comerciais da Europa e principalmente da Itália.
A Líbia sempre que foi governada por essa ditadura e o mundo nunca interviu em nada, pois não queria perder sua parceria devido a grande produção petrolífera das terras de Kadafi, como a opinião mundial está contra o ditador Kadafia, as potências europeias e principalmente os EUA começam a afiar seus discursos contra o ditador, assim como ocorreu com o Egito, quando os EUA sempre aliado do Egito, simplesmente mudou de opinião depois da queda do ditador, tudo isso por interesses comerciais, assim como os EUA e as grandes potências capitalista da Europa, eles só apoiam quem faz  jus aos seus interesses para continuar lucrando cada vez mais.
A queda de Kadafi é uma questão de tempo, mais o futuro do pais é incerto, ninguém sabe qual vai ser a posição do pais e nem por quem será governado ainda.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cuba, Equador e Venezuela não são o Oriente

Che e Hugo Chavez
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, indicou nesta sexta-feira que protestos como os registrados em vários países árabes estão descartados em nações como Cuba, Equador e Venezuela porque seus povos se rebelaram há anos.
Chávez classificou de "desorientados" os que sugerem que estes fenômenos se repetirão na América Latina. "Que coisa, que na Venezuela, no Equador e em Cuba vá ocorrer algo! É que aqui já começou a acontecer. Há tempos estamos em rebelião e, como diz Fidel (Castro), estamos em rebelião revolucionária", disse Chávez.
O presidente venezuelano explicou que o que atualmente ocorre no Egito "se iniciou aqui há tempos" com o levante popular de fevereiro de 1989, conhecido como "Caracazo".
"No Egito está acontecendo o Caracazo, o despertar repentino de um povo. Vimos apenas o primeiro alvoroço. São eventos que marcam uma nova história no mundo inteiro", avaliou Chávez.
O líder venezuelano lembrou que falou sobre esta questão há alguns meses em Damasco com o presidente sírio, Bashar al-Assad, lhe dizendo que há 20 anos a América Latina estava adormecida e começou a despertar, e perguntou "por que não pode ocorrer o mesmo no mundo árabe?".
Chávez se referiu ao assunto durante uma conexão do canal estatal "Venezolana de Televisión" com o conselho de ministros realizado no palácio de Miraflores, sede do Governo.
Fonte: Solidários

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Um império contra um operário

A mídia, Globo na frente, não dá trégua ao ex-presidente

Nunca foram boas as relações entre a mídia brasileira e o torneiro mecânico Lula, desde que, nos anos 1970, ele emergiu no comando das jornadas sindicais no ABC paulista, onde estão algumas das empresas do moderno, mas ainda incipiente capitalismo brasileiro. Em consequência, quase natural, o operário não foi recebido com entusiasmo quando, após três fracassos, venceu a disputa para a Presidência da República, em 2002.
Os desentendimentos se sucederam entre o novo governo e o chamado “quarto poder” e culminaram com a crise de 2005 quando televisões, jornais, rádios e revistas viraram porta-vozes da oposição que se esforçava para apear Lula do poder. Inicialmente, com a tentativa de impeachment. Posteriormente, após esse processo que não chegou a se consumar, armou-se um “golpe branco” em forma de pressão para o presidente desistir da reeleição, em 2006.

Lula ganhou e, em 2010, fez o sucessor. No caso, sucessora. Dilma Rousseff sofreu quase todos os tipos de constrangimentos políticos. Ela tomou posse e, no dia seguinte, foi saudada por deselegante manchete do jornal O Globo, do Rio de Janeiro: “Lula elege Dilma e aliados preparam sua volta em 2014”.

A reportagem era um blefe político. Uma “cascata” no jargão jornalístico. O jornal O Globo, núcleo do império da família Marinho, tornou-se a ponta de lança da reação conservadora da mídia e adotou, desde a posse de Lula, um jornalismo de combate onde a maior vítima, como sempre ocorre nesses casos, é o fato. Sem o fato abre-se uma avenida para suspeitas versões.
O comportamento inicial da presidenta, mar­ca­do por discrição e austeridade, foi uma surpresa para todos. O Globo inclusive. Não há sinais de que seja uma capitulação ao poder dos donos da mídia com os quais Dilma tem travado discretos diálogos. Armou-se circunstancialmente um clima de armistício. Na prática, significou um fogo mais brando, a provocar um visível recuo de comentaristas que eram mais agressivos com Lula. Soltam, porém, elogios hesitantes por não saberem até onde poderão seguir.

Esse armistício se sustenta numa visão de que as situações não são iguais. Dilma não é Lula. É claro que há diferenças entre o governo de ontem e o de hoje. No entanto, o carimbo pessoal da presidenta na administração do País faz a imprensa engolir a propaganda de que ela era um “poste”. Essa contradição se aguça na sequência dessa história. Dilma passou a ser elogiada e Lula criticado.

Alguns casos, colhidos da primeira página de O Globo ao longo de uma semana, expressam o que ocorre, em geral, em toda a mídia:
  • Atos de Dilma afastam governo do estilo Lula (6/2) – críticas ao ex no elogio ao governo Dilma.
  • Por qué no te callas? (8/2) – crítica atribuída a um sindicalista, mantido no anonimato, sobre apoio de Lula ao salário mínimo proposto por Dilma.
  • A fatura da gastança eleitoral (10/2) – a respeito de despesas do governo Lula com suposta intenção eleitoral.
  • Dilma aposenta slogan de Lula (11/2) – sobre a frase “Brasil, um país de todos”.
  • Herança fiscal de Lula limita o começo do governo Dilma – (13/2) – crítica a Lula ao corte no Orçamento proposto por Dilma.
  • Ela recebe afagos e ele, pedradas. Procura-se, sem muito disfarce, cavar um fosso entre o ex e a presidenta. Situação que levou Lula, na festa de aniversário do PT, a reagir: “Minha relação com Dilma é indissociável”.

por

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A questão do Egito, por Fidel Castro

Fidel Castro
Fonte: Solidários
Disse há vários dias que a sorte de Mubarak estava lançada e nem sequer Obama poderia salvá-lo. O mundo sabe o que acontece no Oriente Médio. As notícias circulam a velocidades vertiginosas. Os políticos correm atrás do tempo para ler os despachos que chegam de hora em hora. Todos estão conscientes da importância do que acontece ali.
Após 18 dias de uma dura batalha, o povo egípcio conquistou um objetivo importante: derrubar o principal aliado dos Estados Unidos no seio dos países árabes. Mubarak oprimia a saqueava seu próprio povo, era inimigo dos palestinos e cúmplice de Israel, a sexta potência nuclear do planeta, associada ao belicoso grupo da Otan.
As Forças Armadas do Egito, sob a direção de Gamal Abdel Nasser, havia lançado pela janela um rei submisso e criado a república que, com o apoio da União Soviética, defendeu sua pátria da invasão franco-britânica e israelense de 1956 e preservou a posse do Canal de Suez e a independência de sua nação milenar.
O Egito possui por isso um prestígio bastante elevado no Terceiro Mundo. Nasser era conhecido como um dos líderes mais destacado do Movimento de Países Não Alinhados, tendo participado de sua criação junto a outros conhecidos dirigentes da Ásia, África e Oceania, que lutavam pela libertação nacional e pela independência política e econômica das antigas colônias.
O Egito sempre gozou do apoio e do respeito de tal organização internacional, que reúne mais de cem países. Precisamente neste momento, o país preside o movimento pelo período que lhe corresponde de três anos. O apoio de muitos de seus membros à luta que seu povo realiza hoje não tardará a chegar.
Que significado tiveram os Acordos de Camp David e porque o heróico povo da Palestina defende de forma tão árdua seus direitos mais vitais?
Em Camp David — com a mediação do então presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter —, Anwar el Sadat, então presidente do Egito e o primeiro ministro de Israel Menahem Begin assinaram os famosos acordos entre o Egito e Israel.
Conta-se que participaram de conversações secretas durante 12 dias e em 17 de setembro de 1978 assinaram dois acordos importantes: um referido à paz entre Egito e Israel e outro relacionado com a criação de um território autônomo na Faixa de Gaza e Cisjordânia, onde Sadat pensava — e Israel conheci e compartilhava da ideia — que seria a sede do Estado Palestino, cuja existência, assim como a do Estado de Israel, a Organização das Nações Unidas determinou em 29 de novembro de 1947, no que era o então mandato britânico da Palestina.
Após árduas e complexas negociações, Israel aceitou retirar suas tropas do território egípcio do Sinai, embora tenha rechaçado categoricamente a participação naquela negociação de paz dos representantes da Palestina.
Como produto do primeiro acordo, no prazo de um ano Israel reintegrou o território do Sinai ao Egito, ocupado em uma das guerras árabe-israelenses.
Por causa do segundo, ambas as partes se comprometiam a negociar a criação do regime autônomo na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A primeira compreendia um território de 5.640 quilômetros quadrados e 2,1 milhões de habitantes. A segunda, 360 km² e 1,5 milhão de habitantes.
Os países árabes se indignaram com aquele acordo que, como julgavam, o Egito não tinha defendido com suficiente firmeza e energia um Estado Palestino, cujo direito a existir havia sido centro as lutas livradas durante décadas pelos estados árabes.
A reação foi tão indignada que chegou ao extremo de romperem relações com o Egito. Dessa forma, a Resolução das Nações Unidas de novembro de 1947 foi apagada do mapa. A entidade autônoma jamais foi criada e assim se privava aos palestinos do direito de existir como estado independente, do qual se deriva a interminável tragédia que se vive e que deveria ter sido solucionada há mais de três décadas.
A população árabe da Palestina é vítima de ações genocidas: as suas terras são roubadas ou, nas regiões desérticas, privadas de água e as casas são destruídas com escavadeiras. Na faixa de Gaza, um milhão e meio de pessoas são sistematicamente atacadas com projéteis explosivos, fósforo e as conhecidas granadas de fragmentação. O território da Faixa de Gaza está bloqueado por terra, ar e mar. Por que se fala tanto dos acordos de Camp David e não se menciona a Palestina?
Os Estados Unidos fornecem anualmente os armamentos mais modernos e sofisticados para Israel, pelo valor de bilhões de dólares. O Egito, um país árabe, foi convertido no segundo receptor de armas americanas. Para lutar contra quem? Contra outro país árabe? Contra o próprio povo egípcio?
Quando a população exigia respeito por seus direitos mais elementares e a renúncia de um presidente cuja política consistia em explorar e saquear seu próprio povo, as forças repressoras treinadas pelos Estados Unidos não vacilaram em disparar contra ela, matando centenas de pessoas e ferindo milhares.
Quando o povo egípcio esperava explicações do governo de seu próprio país, as respostas vinham de altos funcionários dos órgãos de inteligência ou do governo dos Estados Unidos, sem respeito algum para com os funcionários egípcios.
Por acaso os dirigentes dos Estados Unidos e seus órgãos de inteligência não conheciam uma só palavra dos colossais roubos do governo de Mubarak?
Antes de que o povo protestasse em massa na praça Tahrir, nem os funcionários do governo, nem os órgãos de inteligência dos Estados Unidos diziam uma só palavra sobre os privilégios e roubos descarados de bilhões de dólares.
Seria um erro imaginar que o movimento popular revolucionário no Egito obedece teoricamente a uma reação contra as violações de seus direitos mais elementares. Os povos não desafiam a repressão e a morte nem permanecem noites inteiras protestando com energia por questões simplesmente formais. Eles fazem isso quando seus direitos legais e materiais são sacrificados sem piedade de acordo com as exigências insaciáveis de políticos corruptos e dos círculos nacionais e internacionais que saqueiam o país.
O índice de pobreza afetava a imensa maioria de um povo combativo, jovem e patriótico, agredido em sua dignidade, sua cultura e suas crenças.
Como poderiam ser conciliadas o aumento incessante dos preços dos alimentos com as dezenas de bilhões de dólares que são atribuídos ao presidente Mubarak, aos setores privilegiados do governo e da sociedade?
Não basta agora que sejam conhecidos os números da fortuna, é necessário exigir que ela seja devolvida ao país.
Obama está afetado pelos acontecimentos egípcios, age ou parece agir como dono do planeta. A questão do Egito parece ser assunto seu. Não para de falar com líderes de outros países.
A agência efe, por exemplo, informa: “... falou com o primeiro ministro britânico, David Cameron; o rei Abdalá II da Jordânia e com o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, islâmico moderado".
"... o governante dos Estados Unidos avaliou a 'mudança histórica' que impeliu os egípcios e reafirmou sua admiração pelos seus esforços...".
A principal agência de informação americana, AP, transmite declarações dignas de atenção:
"Os Estados Unidos pede governantes no Oriente Médio com inclinação ocidental, amistosos com Israel e dispostos a cooperar com a luta contra o extremismo islâmico, ao mesmo tempo que protejam os direitos humanos".
"…Barack Obama defende uma lista de requisitos ideais impossíveis de satisfazer após a queda dos aliados de Washington no Egito e na Tunísia em revoltas populares que, segundo especialistas, se propagarão na região".
"Não existe perfil com esse currículo de sonho e é muito difícil que apareça um pronto. Em parte se deve a que, nos últimos 40 anos, os Estados Unidos sacrificaram os ideais nobres dos direitos humanos, que tanto defendem, em troca da estabilidade, a continuidade e o petróleo em uma das regiões mais voláteis do mundo".
" 'O Egito não voltará a ser o mesmo', disse Obama na última sexta-feira, depois que celebrou a saída de Hosni Mubarak".
"Mediante seus protestos pacíficos, os egípcios 'transformaram seu país e o mundo'", disse Obama.
"Enquanto ainda persiste o nervosismo entre vários governos árabes, as elites encasteladas no Egito e na Tunísia não deram sinais de que estejam dispostas a ceder poder nem a vasta influência econômica que tiveram".
"O governo de Obama insistiu que a mudança não deveria ser de 'personalidades'. O governo americano tomou essa posição desde que o presidente Zine el Abidine Ben Ali fugiu em janeiro de Túnis, um dia depois que a secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, advertisse os governantes árabes em um discurso no Catar que sem uma reforma, os alicerces de seus países 'afundariam na areia'".
As pessoas não se mostraram muito dóceis na Praça Tahrir.
A Europa Press narra:"Milhares de manifestantes chegaram à praça Tahrir, o epicentro das mobilizações que provocaram a renúncia do presidente do país, Hosni Mubarak, para reforçar os que continuam no local, apesar das tentativas da Polícia Militar de desalojá-las, segundo informou a cadeia britânica BBC."
"O correspondente da BBC que estava na praça cairota assegurou que o Exército está demonstrando indecisão diante da chegada de novos manifestantes..."
"O 'núcleo duro' (...) está situado em uma das esquinas da praça. (...) decidiram permanecer na Tahrir (...) para assegurar-se que todas as suas exigências sejam cumpridas".
Independente do que ocorra com o Egito, um dos problemas mais graves que enfrenta o imperialismo nesse instante é o déficit de cereais, que abordei na Reflexão de 19 de janeiro.
Os Estados Unidos emprega uma parte importante do milho que cultiva e um alto índice de sua colheita de soja para a produção de biocombustíveis. A Europa, por sua vez, emprega milhões de hectares de terra com essa finalidade.
Por outro lado, como consequência da mudança climática originada fundamentalmente pelos países desenvolvidos e ricos, está se criando um déficit de água doce e alimentos incompatível com o crescimento da população, a um ritmo que a conduziria a 9 bilhões de habitantes em apenas 30 anos, sem que a Organização das Nações Unidas e os governos mais influentes do planeta, depois das fracassadas reuniões de Copenhague e Cancun, tenham advertido e informado o mundo dessa situação.
Apoiamos o povo egípcio e sua valente luta por seus direitos políticos e pela justiça social.
Não estamos contra o povo de Israel, estamos contra o genocídio do povo palestino e a favor de seu direito a um Estado Independente.
Não somos a favor da guerra, mas sim a favor da paz entre todos os povos.


Fidel Castro Ruz, Havana, 21h14 de 13 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A China já é a segunda potência econômica do planeta


O Japão declarou que a China ultrapassou sua economia, de acordo com o PIB (Produto Interno Bruto). Em 2010 o PIB japonês foi de 3,9%, enquanto a China cresceu à 10,3%, com toda essa diferença no crescimento a China ultrapassou o Japão e se tornou a segunda maior economia do planeta em 2011.

O Comunismo Chinês
 Apesar da China ser um país Comunista, vem adotanto algumas medias capitalista em seu território, favorecendo e muito em seu crescimento economico. Graças  as ZEE ( Zonas de Economias Especiais), que são áreas restritas pelo governo Comunista da China onde empresas multinacionais podem se instalar e empregar a popupalçao chinesa ociosa, isso vem sendo muito rentável não só para China, que em troca passa a ser aceita como economia de mercado, como também para empresas multinacionais que lucrão com a baixa renueração da mão de obra.

EUA
Segundo especialistas a China pode ultrapassar dentre os próximos 10 anos os EUA, e se tornar a maior potências economica do Planeta, parece ironia do destino que depois da queda da URSS (União das Republicas Socialista Soviética), que um país Comunista possa chegar ao topo da economia Global, apesar do comunismo Chinês ter suas peculiaridades, bem diferente do comunismo soviético e longe do comunismo marxista.

Potência Comunista
O que esperamos com todo esse crescimento economico é que esse PIB, possa ser divido de forma mais igualitária com a população ou seja aumento da renta per capita, pois como já sabemos a China é o país mais populoso do mundo, e no dia que todo esse crescimento atingir toda esfera populacional eu vou poder dizer que a China é a maior potência Comunista do planeta.


Publicado por Sandrodavidovitch

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Fim da era Mubarak no Egito por Sandrodavidovitch


Praça Tahrir
 Enfim depois de muita pressão popular o Presidente e agora ex presidente Mubarak renunciou ao cargo, depois que a população aumentou a pressão nas ruas, principalmente depois do seu discurso onde dizia que só iria deixar o poder em Setembro, depois das eleições. Mais o povo egpicio  fez valer a sua vontade e ousadia de ir as ruas e lutar pelos seus direitos até conseguir tirar o presidente que governava o Egito por mais de trinta anos, que renunciou ontem (11), de acordo com o seu vice em rede nacional, para à alegria do povo que ocupava a praça Tahirir, que comemorarm muito pela comquista. O exercito vai comandar o poder até ser realizado eleições diretas para eleger o novo presidente eleito pelo povo egipicio. EUA e Israel podem sofrer grandes consequências desse ato politico e histórico comquistado pelo povo.

OBAMA


Obama e seu aliado Mubarak

O presidente dos EUA Obama, que sempre defendeu o regime do Egito e nunca pronunciou contra Mubarak, depois de ver o seu companheiro ser rechaçado pela população, tratou logo de mudar o tom do discurso na Casa Branca, o que era aliado ele passou a tratar como opositor, para assim agradar a população do Egito e manter aliança com o novo governo do país. Mais até Obama sabe que não vai ser tão simples assim, a populçao egípcia quer mudança, e não quer continuar na mesma condição de antes, ou seja manter aliança com os EUA. Dificilmente os EUA teram as mesma alinças com o novo governo egipcio como era na epoca de Mubarak, onde EUA e Egito andavam de mãos dadas.

ISRAEL


O governo de Israel também está temendo o futuro do seu vizinho de grande maioria mulçumana. Dessa forma o Egito dificilmemte ira fazer algum tipo de acordo com os Judeus, prevalêncendo  a esperança de uma ajuda para a Palestina, o que  futuramente pode acarretar em uma área de grande tensão entre o Egito e Israel, pois se o Egito tomar partido pela Palestina, Israel vai se ver cercada por vizinhos contrários as suas atitudes diante do povo palestino, pois essa região já tem países como Irã, Libano e Síria que são contraria a invasão de Israel em terras palestinas.

Muita coisa pode acontecer devido a esse fato que entrou pra história, onde o povo mostrou que são eles que fazem o governo de  um pais.

Parabens Egito
Pela lição que seu povo deu ao mundo
Viva a Revolução!!!!
Sandrodavidovitch







sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

País rico é país sem pobreza



Dilma em seu primeiro discurso em rede nacional reafirma seu compromisso com a educação e lança a nova logomarca do governo Federal que traz a frase: País rico é país sem pobreza.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Entrevista com Humberto Gessinger




SUCESSO e-mailing - Quem sugeriu a criação do duo Pouca Vogal e como foi criada
a identidade musical da banda?

Humberto Gessinger - Eu tinha a ideia de trabalhar com um power-duo faz muito tempo.
Demorou para encontrar o cara certo e para que nossas bandas dessem um tempo
nas suas agendas para colocar o projeto na estrada. A proposta é levar aos limites
as possibilidades de dois caras no palco, sem usar trilhas pré-gravadas. Duca, ao
mesmo tempo em que toca violão, faz percussão com os pés. Eu tenho um
teclado especial para tocar com os pés enquanto toco viola caipira ou violão.
Além disso, tem guitarra, harmônicas, piano. É uma sonoridade bem rica,
que surpreende o público. Um show como as pessoas nunca viram.

SUCESSO e-mailing - O PV é um projeto que alcança apenas fãs do Cidadão Quem
e Engenheiros ou ele tem um público diferenciado?

Humberto Gessinger - Sem dúvida, os fãs das bandas foram os primeiros a chegar,
mas já está se formando um público específico do Pouca Vogal.

SUCESSO e-mailing - Por que optaram por se apresentar como "One Man Band",
em vez de fazer um show com uma grande banda, já que vocês utilizam instrumentos
diferenciados nas apresentações?

Humberto Gessinger - No Pouca Vogal a forma é inseparável do conteúdo. Tão importante
quanto as canções é a forma como as estamos tocando. Se fosse para continuar com a
mesma formação, seria melhor seguir com as bandas.

SUCESSO e-mailing - Com esse formato mais intimista, em que tipo de casa vocês
se apresentam?

Humberto Gessinger - Eu pensei que rolaria mais em teatros, mas logo no início tivemos
experiências legais em grandes festivais como o Planeta Atlântida e no sambódromo de
Manaus. O show foi muito bem neste tipo de evento. Em muitas cidades estou tocando
nos mesmos espaços em que tocava com Engenheiros do Hawaii.

SUCESSO e-mailing - Apesar de ser um projeto, o Pouca Vogal já está na ativa
há três anos. Quanto tempo mais pretendem excursionar?

Humberto Gessinger - Não temos data programada para interromper o projeto.
Seria legal gravar outro DVD registrando o amadurecimento do Pouca Vogal antes.

SUCESSO e-mailing - O Pouca Vogal já excursionou ou pretende tocar no exterior?

Humberto Gessinger - Ainda não saímos do Brasil, mas seria um prazer.

SUCESSO e-mailing - Quando a dupla der uma parada, você pretende lançar
um novo disco de inéditas dos Engenheiros?

Humberto Gessinger - Tenho várias canções novas e é bem provável que retorne
de onde parei, mas ainda não tenho planos objetivos. É possível que Engenheiros do
Hawaii
e Pouca Vogal sigam em paralelo. Sinceramente, no momento, estou 100% focado no
Pouca Vogal. Agora estamos começando a sair mais do Rio Grande, temos muita
estrada pela frente.

SUCESSO e-mailing - Acredita que falte ousadia para o rock nacional feito atualmente?

Humberto Gessinger - São tempos diferentes, não só em relação à música. Não gosto
de criticar as novas gerações, não sei que tipo de pedras eles estão encontrando pelo
caminho.

SUCESSO e-mailing - Como vocês enxergam o papel de uma gravadora na consolidação
de uma carreira nos dias de hoje: necessária, desnecessária ou apenas uma parceira
que pode ser bem utilizada principalmente em distribuição de discos?

Humberto Gessinger - O legal dos tempos atuais é que há várias formas de se
realizar um projeto. Gravadora pode ajudar, mas já não é o único caminho.
Fizemos o Pouca Vogal de forma independente, só depois rolou a parceria com a
Som Livre.

SUCESSO e-mailing - O DVD da banda serviu mais como registro ou o volume de
vendas foi satisfatório?

Humberto Gessinger - Satisfez das duas formas. O objetivo inicial era fazer com que
as pessoas se familiarizassem com um formato inédito, completamente novo.
A venda foi uma consequência disso e me surpreendeu positivamente.

SUCESSO e-mailing - Foram criadas algumas outras estratégias de marketing
para lucrar com a marca Pouca Vogal, como venda de produtos relacionados à banda?

Humberto Gessinger - Temos uma parceria com a Stereophonica
(www.stereophonica.com.br), que vende camisetas, canecas, bandanas e outros
produtos, além de nossos discos e livros. Eles têm nos acompanhado na estrada.

SUCESSO e-mailing - Apesar de algumas bandas mais novas terem atingido sucesso
em nível nacional, o rock gaúcho ainda hoje sofre certo boicote por parte da mídia
paulista. Como vocês enxergam esse bairrismo atrasado por parte dos jornalistas?

Humberto Gessinger -É, estas coisas acontecem. No caso dos Engenheiros do Hawaii,
analisando em retrospectiva, até foi bom: acabou nos fortalecendo e criando uma relação
mais próxima com os fãs.

SUCESSO e-mailing - Humberto, como você enxerga o sucesso dos Engenheiros, que
mesmo tendo surgido na década de 1980 e sem ter se rendido aos modismos das épocas
pelas quais passou, sempre teve seu público renovado?

Humberto Gessinger - É um público muito fiel e que já cobre algumas gerações.
Acho bacana também que seja um público distribuído por todas as regiões do
Brasil. Não gosto de vê-los como consumidores, assim como não gosto de pensar
que eu sou um produto. Talvez esteja aí a chave desta parceria artista/público: música
em primeiro lugar. Em 2010 lancei o livro "Pra Ser Sincero", em 2011 lanço
o "Mapas do Acaso". Nas sessões de autógrafo, tenho tido um contato
mais próximo com os fãs e fico muito emocionado com o carinho. E muito orgulhoso,
também. Assim como se conhece a árvore pelos frutos, se conhece um artista, além da
obra, pelos fãs.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Projeto de lei do Senado nº480

Senador Cristovam Buarque
Uma ideia muito boa do Senador Cristovam Buarque.
Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública.

As conseqüências seriam as melhores possíveis.
Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil..
Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país.
O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.

http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Big Globo Brasil



BIG BROTHER BRASIL
                        (Luiz Fernando Veríssimo)

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB),
produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos
chegar ao fundo do poço...A  décima primeira (está indo longe!) edição do
BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser
difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho
atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu
fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente
pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas,
heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por
Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que
quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou
heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um
“zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem
variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor
como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se
submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que
recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do
humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da
cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro
repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio
de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de
heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros:
profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os
professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis
que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação,
competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por
dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo
santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas
porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas
contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em
outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não
acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores,
nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo,
o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos
como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender
o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio
Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem
a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a
Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir:
oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a
programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de
muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000
computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e
indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana
ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ler a Bíblia, orar, meditar,
passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música...,
cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os
avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou
simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de
dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi
construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O anjo mais velho - O teatro Mágico




O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar

Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Fotos das campanhas vitóriosas de Lula

A exposição virtual e física está entre as atividades que marcam os 31 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores, comemorados no próximo dia 10. As fotos são de Ricardo Stuckert que acompanhou Lula durante as duas campanhas e respectivos governos. (Ricardo Weg – Portal do PT).

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A questão do Egito por Sandrodavidovitch

Bandeira do Egito

A questão Egípcia tem algo mais do que apenas uma questão política interna. O governo de Murabak tem fortes ligações com os EUA, que tem acordos com Israel também. Essa revolta popular, que atingiu boa parte da população e que está obrigando o presidente do Egito a renunciar mais cedo ou mais tarde, pode trazer transformações consideráveis para a região, principalmente em relação a Israel. Por ser um país mulçumano o Egito pode ter um governo com tendências pró palestina, levando mais instabilidade entre o possível novo governo do Egito e Israel.

Mapa da região entre o
Egito e Israel
Israel e os EUA já declaram apoio ao presidente Murabak, mas a população egípcia não se intimida e cada vez mais pessoas vão às ruas pedirem a renúncia de Mubarak. O presidente declarou que vai renunciar em Setembro, mas isso ainda não acalmou os ânimos da população que quer a renúncia imediata de Murabak. Até o exército declarou apoio à população e não vem intervindo nos protestos que ocorrem principalmente em Cairo e Alexandria. O Egito, por fazer fronteira com Israel, pode ter fortes tensões se o futuro governo for pró Palestina. O Egito seria um grande aliado para acabar com a opressão do povo palestino sofrida pelos judeus na região da faixa de gaza e da Cisjordânia.

O primeiro mês de Dilma


Oito discursos ou entrevistas, quatro cidades visitadas, uma viagem internacional, uma reunião ministerial, 24 conversas com ministros, dois governadores recebidos no Palácio do Planalto. Uma análise da agenda presidencial dos primeiros trinta dias aumenta a impressão de uma chefe de Estado com estilo discreto e uma grande preocupação com a articulação política.
Via de regra, é normal que um novo presidente passe as primeiras semanas de governo promovendo articulações com partidos da base aliada, indicando prioridades e analisando em que situação recebe o controle do país. A deputada federal eleita Benedita da Silva (PT-SP) acredita que o recolhimento de Dilma, com poucas aparições públicas, diz respeito à discussão sobre nomeações para cargos de escalões inferiores e à necessidade de mostrar aos ministros como se deseja que funcione o governo. “Precisa de bastante atenção para azeitar a máquina e, então, pode colocar a cara mesmo. Está fazendo direitinho.”

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