sábado, 30 de abril de 2011

País rico é pais sem Miséria

Em seu pronunciamento em rede nacional a presidenta Dilma Rousseff voltou à afirmar o seu compromisso com a erradicação da miséria no Brasil, e mais uma vez mostrou-se disposta a lutar para acabar com esse problema que ainda atinge uma parcela da população. Essa erradicação deu-se inicio no governo Lula, onde grande parte da população brasileira deixou a miséria e boa parte ingressou para a classe média, esse desafio agora ta nas mãos da Presidenta Dilma, que é erradicar a parcela da população que ainda não conseguiu sair da miséria, com a implementação de alguns programas assistenciais e de programas para a população se qualificar e não ficar dependente desse programas assistencialistas por muito tempo.
                                       
Algumas promessas de governo agora ganham pauta de promessas cumpridas, como é o caso do Pronatec (Programa Nacional de Acesso á escola Técnica), que é o programa pra ajudar os jovens a ingressar em escolas técnicas, pois o Brasil vem crescendo muito ultimamente ao lado da China, Índia e Rússia, que  são os países emergentes que mais crescem no mundo, e por isso precisamos de mão de obra qualificada, e esse programa vai ajudar a milhares de jovens a se qualificar e almejar melhores empregos e melhores salários, ajudando a muitos a sair da miséria. São promessas de governo que estão se tornando reais saindo do papel, isso mostra a importância do trabalho do atual governo ao combate da fome e da miséria no Brasil.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fidel Castro renuncia à direção do Partido Comunista de Cuba




O anúncio de Fidel coincidiu com o 6º Congresso do PC cubano, que está sendo realizado nesta semana. Fidel, de 84 anos, exercia o cargo de primeiro-secretário do partido desde sua criação, em 1965. Espera-se que seu irmão, o presidente Raúl Castro, o suceda na chefia do partido. A grande expectativa agora é saber quem ocupará o cargo de segundo-secretário do PC cubano, que será visto como possível futuro presidente cubano. Em sua coluna Reflexiones, publicada nesta terça-feira no site oficial Cubadebate, Fidel afirma que seu irmão, o presidente Raúl Castro, sabia que ele não aceitaria mais qualquer cargo no partido:
"Funções que, como se sabe, eu deleguei quando fiquei gravemente doente. Nunca tentei e nem podia exercê-las fisicamente, mesmo quando havia recuperado consideravelmente a capacidade de analisar e escrever'', afirmou.
Fidel afirma no texto que há ''companheiros que, por seus anos ou por sua saúde, não poderiam prestar muitos serviços ao partido, mas Raúl pensava que seria muito duro exclui-los da lista de candidatos. Não hesitei em sugerir que não se exclua esses companheiros de tal honraria, e acrescentei que o mais importante era que eu não aparecesse nessa lista''. Fidel ainda saudou a ideia de seu irmão de ampliar a presença de mulheres e negros na cúpula do partido.

Mudanças

A decisão de Fidel foi informada horas depois de o Partido Comunista ter anunciado um plano de reformas econômicas com as quais Raúl Castro pretende ''atualizar'' o modelo socialista do país. As mais de 300 iniciativas apresentadas no congresso incluem reforma agrária, desburocratização da administração pública - com a redução do setor e a amplição de direitos cedidos à inciativa privada, como, por exemplo, o direito ao autoemprego.
Algumas destas medidas, na prática, já estão em vigor há alguns meses. Uma das medidas mais importantes anunciadas no congresso é a de que, pela primeira vez desde a revolução de 1959, cubanos poderão comprar e vender seus imóveis. Nos últimos 50 anos, só era permitido passar propriedades para os filhos ou trocá-las através de um sistema complicado e muitas vezes corrupto.
Raúl Castro alertou que a concentração de terras não será permitida, mas nenhum detalhe do novo sistema foi divulgado.
fonte BBC

domingo, 17 de abril de 2011

Renovação na política de Cuba

Raúl Castro
Em um discurso durante Congresso do Partido Comunista Cubano, Castro disse que a liderança do partido precisa de uma “renovação sistemática” e deve se submeter a uma intensa auto-crítica.
Castro, de 79 anos, assumiu o poder em 2008, sucedendo seu irmão Fidel. Juntos, eles já permaneceram 52 anos no poder.
A proposta de limitar o tempo de mandato políticos na ilha é inédita no regime comunista cubano.
Cinco anos
Boa parte do discurso do presidente foi focada em seus planos para reduzir o papel do Estado na economia e incentivar empreendedores privados.
Ele afirmou que levaria ao menos cinco anos para atualizar o modelo econômico cubano.
Segundo Castro, educação e saúde ainda seriam gratuitas, mas outros subsídios seriam cortados e o gasto com a área social, “racionalizado”.
O presidente afirmou que 200 mil pessoas já se registraram para trabalhar como autônomas desde que as mudanças foram anunciadas (em outubro do ano passado) – o dobro do número atual de cubanos nessa situação.
No entanto, ele afirmou que o caráter socialista do regime cubano era “irreversível”.
O congresso foi precedido por uma das maiores paradas militares vistas no país nos últimos anos. O evento marcava o 50º aniversário da tentativa frustrada de invadir Cuba, com o apoio da CIA, pela Baía dos Porcos.
Centenas de milhares de cubanos saíram às ruas em Havana para celebrar a data, vista como um triunfo sobre os Estados Unidos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Brics

 "A expressão Brics criada pelo economista Jim O'Neill para definir os países que vem em constante crescimento, conhecidos como países emergentes, formados pela letra inicial do Brasil, Rússia, Índia, China e agora a África do Sul, que por causa de sua expressão em Inglês South Africa ganhou um "S" no final. Apesar das grandes diferenças sociais e econômicas entre os países, o grupo procurar fomentar ações e interesses que venham a atribuir melhoria entre eles, principalmente em relação a politica internacional , principalmente por que eles vem ganhando importância no cenário mundial".

A  agenda dos Brics não se define por oposição a nenhum outro grupo. Queremos agregar". Somos a favor de um mundo multipolar, sem hegemonias nem zonas de influência", acrescentou a presidenta Dilma no encontro do Brics no sul da China. Durante o encontro, os países buscaram consenso em alguns temas de interesse comum e defenderam uma reforma no sistema monetário internacional "com reservas internacionais de ampla base", uma alusão às propostas de diversificar a actual dependência do dólar como moeda de referência.
O documento faz menção ao apoio dos países à atual discussão sobre a composição da cesta de moedas do FMI. Não houve, no entanto, menção à proposta especifica de incluir o yuan nesse sistema de reservas do fundo - o Direito Especial de Saque (SDR, na sigla em inglês).
O apoio à reforma do sistema monetário é dado no mesmo parágrafo em que os países dizem reconhecer que a crise internacional expôs as deficiências do sistema atual.
Os países se comprometem a fortalecer a parceria dos Brics pelo desenvolvimento de forma pragmática e reitera que essa cooperação é "inclusiva e não de confronto".
O comunicado dos cinco países pediu atenção também para os riscos do grande fluxo de capitais para as economias emergentes. Esse fluxos, em países como o Brasil, com câmbio livre, geram valorização da moeda local e consequências variadas, como a perda de competitividade de exportações.
Crédito em moeda local


Entre os planos de ação, previstos pelo comunicado conjunto, está uma maior cooperação entre os bancos de desenvolvimento de cada país para fomentar investimentos. Dessa cooperação, já surgiu uma proposta, acatada pelos cinco países, de desenvolver um mecanismo de concessão de crédito cruzado em moeda local.
Após a declaração dos líderes, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que esse mecanismo de financiamento em moeda local teria como objetivo principal estimular e facilitar investimentos entre os países do grupo.
Os países delinearam também bases para uma cooperação maior na ONU destacando que, neste ano, todos os cinco membros do grupo fazem parte do Conselho de Segurança. No entanto, apenas Rússia e China são membros permanentes com poder de veto.
"Estamos todos os Brics no Conselho de Segurança das Nações Unidas, com o poder de desenvolver um trabalho conjunto e entendimento de que o uso da força não pode ser precipitado e a diplomacia e negociação devem ser privilegiadas", disse Rousseff ao lado do presidente Jacob Zuma, da África do Sul, do presidente Hu Jintao, da China, Dimitri Medvedev, presidente da Rússia, e Manmohan Singh, premiê da Índia.
Sobre a Líbia, tema sobre o qual todos os membros dos Brics se abstiveram, exceto da África do Sul, que votou a favor da resolução da ONU, os líderes demonstraram preocupação com as mortes de civis, resultantes dos bombardeios autorizados pela ONU, e reiteraram a importância da busca por soluções diplomáticas.
Reformas

O comunicado conjunto reiterou o apoio dos países do grupo a uma reforma nos organismos multilaterais, como a ONU, o Banco Mundial e o FMI, que aumente a participação dos países emergentes e em desenvolvimento.
O presidente russo falou da importância de se garantir a segurança alimentar e disse que o grupo tem visões compartilhadas sobre a necessidade de redução da volatilidade no preço das commodities.
Ainda não está claro se o Brasil assumiu algum compromisso concreto a esse respeito, já que é contra a imposição desse tipo de controle. O tema será discutido no encontro do G-20 na França na semana que vem.
A polêmica questão do yuan artificialmente desvalorizado, e o impacto disso em economias como a brasileira, não foram discutidos pelo grupo, mais interessado na busca de temas consensuais.
"Nós compartilhamos da visão de que o mundo esta passando por mudanças de longo alcance, complexas e profundas, marcadas pelo fortalecimento da multipolaridade, globalização e crescente interdepêndencia", diz o comunicado.
Os líderes se dizem profundamente preocupados com os acontecimentos no Oriente Médio, no Norte da África e na África Ocidental, e afirmam esperar que os países afetados alcancem a paz.
"Nós compartilhamos do princípio de que o uso da força deva ser evitado. Nós mantemos que a independência, soberania, unidade e integridade territorial de cada nação deva ser respeitada", disse o comunicado.

BBC Brasil

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Os 20 acordos entre Brasil e China



A Presidenta Dilma Rousseff deve ficar na China até o próximo sábado (16) para afirma a assinatura dos 20 acordos entre Brasil e China. A presidenta Dilma que já encontrou com o Presidente Chinês  Hu Jintao no Palácio do Povo em Pequim, já conseguiu grandes progressos em seu encontro o que deve proporcionar o fechamento dos acordos bilaterais e de cooperação entre os dois países. Abaixo segue alguns dos 20 acordos que serão amplamete debatido entre os dois governos até o próximo sábado(16).


Defesa - Parcerias em produtos, serviços, gestão em material de defesa, e troca de conhecimento no setor. Também prevê intercâmbio de informações sobre a atuação dos dois países em missões de paz das Nações Unidas.

Recursos hídricos - Parcerias no gerenciamento dos recursos hídricos e proteção de mananciais.

Pesos e medidas - Acordo entre o Inmetro e empresa chinesa para a troca de conhecimento sobre produtos dos dois países, como pesos, medidas, qualidade.

Agricultura - Parcerias no desenvolvimento de tecnologia em agricultura, para ampliar a produção de alimentos.

Agricultura tropical - Parceria no desenvolvimento de tecnologia específica para a produção de alimentos em clima tropical.

Pesquisa agrícola - Instalação do Labex China, um laboratório da Embrapa que vai desenvolver pesquisas na área agrícola em conjunto com pesquisadores chineses.

Esportes - Preparar o Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Prevê o intercâmbio de especialistas e troca de experiências.

Nanotecnologia - O objetivo é desenvolver, em conjunto, novos materiais a partir de átomos, como chips de computador.

Bambu - Novas tecnologias na exploração e produção de materiais feitos a partir do bambu.

Biocombustíveis - Parcerias no desenvolvimento de energia dos biocombustíveis. Uma das possibilidades na China é desenvolver biocombustível a partir de algas.

Educação - A finalidade é aprofundar, no Brasil, os estudos sobre China, em parceria com a UFRGS e Instituto Confúcio

Intercâmbio - Expandir o conhecimento mútuo dos dois países e disseminar o mandarim no Brasil e o português, na China.

Energia - Desenvolver linhas de transmissão de energia de longa distância em parceria entre a Petrobras e o State Grid.

Telecomunicações - O investimento será de US$ 200 milhões e terá como finalidade a produção de equipamentos de comunicação em território brasileiro.

Carne de Porco - Expandir a exportação de carne de porco para China, a china passara a comprar cerca de 10% da carne de porco importada do país.

Aviação - O Brasil vai produzir na China aviões comerciais tipo Legacy.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A ameaça do novo Código Florestal

Entenda as novas medidas propostas para votação no Congresso Nacional , sobre o novo código florestal.
Entre no site a baixo e participe do abaixo assinado para ser entregue aos deputados, contra essa agressão ao meio ambiente. Participe!
Nós pedimos aos Deputados que rejeitem as propostas de alteração do Código Florestal Brasileiro que aumentam o desmatamento e anistiam crimes ambientais. Qualquer mudança nesta lei deverá fortalecer proteções ambientais e favorecer pequenos agricultores. Por favor, protejam o patrimônio natural e o futuro do Brasil.
http://www.avaaz.org/po/peticao_codigo_florestal/?sos

domingo, 10 de abril de 2011

100 dias do Governo Dilma

Neste domingo (10), a presidenta Dilma Rousseff completa 100 dias à frente do Governo Brasileiro com motivos de sobra para comemorar. Em pouco tempo de trabalho, o governo recebe avaliação positiva de boa parte da população brasileira.
O diferencial destes primeiros 100 dias do governo Dilma pode ser conferido no trabalho desempenhado pela presidenta, principalmente em favor das mulheres, como afirma a vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT/SP). “Com 100 bons dias, até a oposição está sem discurso. A Dilma melhora o que o Lula fez, mas tem outro estilo para evitar comparações, além de atuar em todas as áreas com extrema competência, principalmente para às mulheres. São muitas melhorias já realizadas, sobretudo na área da saúde, como a rede cegonha, as redes de tratamento de câncer, dentre outras ações” explicou.


Para a senadora Ana Rita (PT/ES), o que mais chama atenção na nova gestão do Governo Federal é a sensibilidade com que a presidenta Dilma Rousseff trata as questões sociais. “A Dilma fez lançamentos de programas importantes nesse período como ampliação do número de usuários do Bolsa-Família, um ato importante na promoção da qualidade de vida da população. É um compromisso de campanha que está sendo cumprido” afirmou a senadora.
Segundo a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), a política da presidente Dilma não se restringe à continuidade dos programas do governo Lula, mas amplia as melhorias criadas pelo ex-presidente. “Além de continuar com os programas, projetos e na linha de trabalho do governo Lula, avança ainda mais, seja na área de educação, seja na saúde e outras áreas sociais. A Dilma tem dado muito orgulho para às mulheres por fazer um governo como este” acrescentou Gleisi.
Eleita com mais de 55 milhões de votos, Dilma Rousseff é a primeira mulher a chegar à presidência da República do Brasil. Seus principais objetivos no Governo são a erradicação da pobreza extrema, a melhora no relacionamento internacional e econômico do Brasil, além de continuar e ampliar os programas do governo Lula.

Fonte -Portal PT

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A nova carreira de Lula


BBC


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou nesta semana a Washington, o primeiro destino de um roteiro agitado nos próximos dias, que inclui México, Grã-Bretanha e Espanha e faz parte de sua nova profissão: a de palestrante.
Nesta quarta-feira, Lula será a atração principal do Fórum de Líderes do Setor Público da América Latina e Caribe, promovido pela Microsoft na capital americana. A uma plateia de 120 pessoas, vai falar sobre o caminho do Brasil no aprimoramento da educação.
A assessoria do ex-presidente não diz quanto ele vai receber pela participação no evento. Houve quem falasse em US$ 500 mil. Em sua primeira palestra remunerada, feita no mês passado no interior de São Paulo, a convite da LG, estima-se que Lula tenha recebido até R$ 200 mil.
A carreira de palestrante é administrada pela empresa LILS (suas iniciais) Palestras, Eventos e Publicações, criada no mês passado ao lado do amigo Paulo Okamotto (que detém 2% de participação). Segundo seus assessores, além do objetivo financeiro, com a nova carreira Lula pretende também usar sua popularidade no Exterior para "promover o Brasil".
Lula chegou a Washington na noite de segunda-feira, em um avião cedido pelo empresário Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente José Alencar e presidente da Coteminas. Hospedado na residência do embaixador Mauro Vieira, aproveita a passagem pela capital americana para fazer contatos e também um pouco de turismo.
Na manhã desta terça-feira, recebeu o presidente do BID (Banco Inter-americano de Desenvolvimento), Luis Alberto Moreno, em um encontro que, segundo seu assessor, busca "estreitar laços". Para a tarde, depois de repassar o texto da palestra, o plano era ver as cerejeiras às margens do rio Potomac, cartão-postal da cidade neste início de primavera. À noite, um jantar promovido pela Microsoft.
A próxima parada do ex-presidente é Acapulco, onde na sexta-feira vai falar sobre a crise econômica e a experiência do Brasil em uma conferência da Associação de Bancos do México. Na semana que vem, segue para Londres, onde sua agenda inclui um encontro com o historiador Eric Hobsbawm e uma palestra para investidores europeus a convite da Telefônica. Depois, ruma à Espanha, para receber o Prêmio Liberdade Cortes de Cádiz, na cidade de mesmo nome. A agenda no país ainda não está totalmente fechada, mas Lula espera poder incluir uma partida do Barcelona ou do Real Madrid.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Opinião da Revista Veja sobre a direita do Brasil e a Crítica do blog Sandrodavidovitch.


Opinião da Revista Veja

O espectro político brasileiro é peculiar: na ponta esquerda, tem o jurássico PCO. Passa por socialistas radicais, como o PSOL e o PSTU, pelos comunistas conformados do PPS, pelos social-democratas do PT e do PSDB, pela esquerda verde do PV e se encerra no centro, onde estão PP e DEM. Não há, entre os 27 partidos brasileiros, um que se assuma como direitista. E o recente anúncio da criação do PSD, que se define como social-democrata, abre um buraco no DEM e empurra o eixo da política brasileira ainda mais para a esquerda.

A situação é única. Todas as grandes democracias do mundo têm ao menos um partido conservador forte, como o PP espanhol, o Partido Republicano dos Estados Unidos, a UMP francesa e o PDL italiano. O que teria levado a direita brasileira à lona enquanto, em outros países, como os vizinhos Peru e Colômbia, ela ocupa o poder máximo? Para especialistas e políticos ouvidos pelo site de VEJA, a causa está na herança maldita da ditadura militar.

O primeiro a definir o conservadorismo como uma doutrina política foi o inglês Edmund Burke, no século XVII. Esta corrente política considera que os indivíduos realizam as coisas melhor do que o estado. Que as liberdade individuais devem ser mantidas a todo o custo. E que os valores tradicionais da sociedade devem ser preservados. Nas democracias modernas, o conservadorismo se traduz como uma recusa ao estatismo, a defesa do livre mercado, a proteção da família e a oposição a medidas como a legalização de drogas e do aborto.

No Brasil, o discurso adotado pelos partidos políticos pouco se diferencia: todos adotam termos como “justiça social”, “distribuição de riqueza”, “igualdade”. Obviamente, ninguém é contra essas bandeiras, mas o linguajar denuncia que todos, por razões diversas, adotam um vocabulário de esquerda. Expressões como "livre iniciativa", "responsabilidade individual" e "valores morais" raramente são ouvidas pelos corredores do Congresso ou do Palácio do Planalto. As palavras “social” e “trabalhista” e “socialista” aparecem na maioria dos nomes das legendas. Há apenas um partido que faz referência ao liberalismo – o PSL, que, ainda assim, também se diz social – e nenhum que tenha a expressão "conservador" no nome.

Situações peculiares – O declínio de valores não-esquerdistas se acentuou a partir do governo Lula, quando o PT moderou seu posicionamento e roubou parte do discurso de partidos de centro. Legendas que a princípio eram pouco afeitas às ideias do partido deixaram as diferenças de lado para ingressar na partilha do poder: é o caso do PR, que resultou da fusão do PL com o Prona, do PTB, do PP e do PMDB. Todos se dizem centristas.

O adesismo inflou o bloco governista e juntou a esquerda moderada, a socialistas anacrônicos e a arrivistas de olho na divisão de benesses. Com isso , o PT arrastou consigo praticamente todos os partidos com algum peso. PSDB e DEM permaneceram na oposição mais por questões estratégicas do que programáticas. "Os partidos não se posicionam amparados em raízes históricas, mas em razões conjunturais", opina o cientista político Leonardo Barreto. Para ele, há espaço para o surgimento de uma legenda conservadora no país.

Na falta de uma direita verdadeira, a esquerda acaba inventando a sua própria: "Oposição à direita é um erro grave porque você tem um país com contradições sociais gravíssimas, concentração de renda das maiores do mundo. Quer concentrar mais? À grande maioria isso não interessa", diz o primeiro-secretário do PSB, Carlos Siqueira, para quem a direita trabalha para aumentar a injustiça no país.

Mesmo entre a oposição, o discurso ideológico não é afinado: o presidente do PPS, Roberto Freire, faz uma diferenciação: “Existe a oposição de esquerda, como o PSOL, PSTU e parte do PSDB. Na oposição de direita temos o DEM”. O rótulo, no entanto, é descartado pelos próprios democratas.

Trauma da ditadura - Mesmo o autoproclamado centrismo do DEM parece não ser bem recebido no meio político: o partido, em eterna crise de identidade, já se refundou duas vezes e tenta se livrar da pecha de conservador. Da última vez, tentou colar a imagem ao Partido Democrata americano – que, por lá, abriga diversos matizes da esquerda. Ainda assim, vem sofrendo sucessivos golpes, vindos de dentro e de fora. O último deles é o nascimento do PSD de Gilberto Kassab.

O presidente do DEM, José Agripino Maia, reconhece que as bandeiras de seu partido se limitam à defesa do “liberalismo moderno”. Ao site de VEJA, ele torceu o nariz quando indagado sobre a discussão de temas que costumam pautar os partidos conservadores, como o casamento gay, o aborto e a liberação de drogas: “Isso não é o carro chefe do partido”.

De fato, o DEM não pode ser definido como um partido de direita: bandeiras como a redução da maioridade penal, o endurecimento da punição a criminosos e a oposição ao desarmamento civil não são bandeiras pela qual o DEM se empenha. “No Brasil, a direita é muito vinculada aos regimes totalitários e estamos totalmente fora disso. O que é esquerda? Muro de Berlim, Cuba? Estamos fora disso também”, diz Agripino Maia. O antigo PFL, aliás, esteve ao lado do governo petista na defesa do desarmamento da população civil, em 2005.

O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) se alinha a bandeiras clássicas do conservadorismo, como a defesa da livre iniciativa, a não-interferência do estado na vida do cidadão e oposição à legalização do aborto. Mas não se assume como direitista. Para ele, o rótulo só faria sentido em países onde há tradição de uma direita democrática, o que não existe no Brasil. “Aqui não existe essa tradição", explica.

Não por acaso, os partidos não foram capazes de sintetizar a oposição do eleitorado brasileiro à legalização do aborto. Na última campanha eleitoral, o tema surgiu quase de forma clandestina, em discussões na internet e nas igrejas. O PSDB de José Serra veio a reboque, aproveitando-se do tema para criticar a petista Dilma Rousseff – que, por sua vez, se apressou em tentar apagar o passado e dizer que nunca havia defendido a legalização do aborto.

Petistas e tucanos, aliás, têm mais similaridades do que diferenças. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias, reconhece que a disputa tem mais a ver com a aplicação das ideias do que com a orientação ideológica: "O PT, no poder,adotou as propostas do PSDB. Não inovou. Não há nenhum programa social novo. Ocorre que a execução é que é diferente. Geralmente, a postura do PT é mais promíscua em relação ao Legislativo", afirma.

Falta tradição –  Para o cientista político Ricardo Caldas, a rejeição ao rótulo de direitista está ligada à herança negativa deixada pelas legendas conservadores no país. Estes partidos foram contra a abolição da escravidão, contra o fim da monarquia e, na figura da Arena, apoiaram o regime militar. Não é uma ficha corrida das melhores. "Eles tiveram dificuldade de conviver com a democracia e ficaram com essa pecha de antidemocráticos."

O especialista acredita que a direita brasileira não se modernizou. Em vez disso, foi engolida pelo recente pragmatismo de esquerda, difundido pelo PT, ou aderiu ao outro lado por oportunismo eleitoral. Se o espectro político brasileiro vai da extrema-esquerda ao centro, a disputa pelos principais postos de poder está ainda mais restrita. Em 2010, só havia candidatos de partido de esquerda na disputa pela Presidência da República.



Opinião do Blog Sandrodavidovitch

A Revista Veja tenta passar uma imagem que a direita e a esquerda no Brasil são a mesma coisa e que a culpa da decadência da direita no Brasil é por causa de ditadura Militar. Quando na verdade a direita vem perdendo força no Brasil não por causa da Ditadura, até por que depois da ditadura Militar no Brasil quem assumiu o poder foi a Direita com Collor, Itamar e FHC, o que vem motivando essa decadência da Direita no Brasil, foi os maus governos da direita, principalmente no período de FHC, quando o Brasil entrou em uma profunda crise.
Com o governo Lula, foi feito uma nova forma de governar até então nunca feita pelo outros governantes, onde os pobres e o social foram prioridades no Governo, alavancando um grande apoio da população.
A revista Veja tenta igualar PT e PSDB, mais vale salientar que os partidos de origem de direita vem correndo para lado social por ter perdido eleitores para a esquerda. Não é o PT que é igual ao PSDB ou DEM é na verdade a direita querendo fazer politica ao estilo Lula, para tentar recuperar os eleitores perdidos, uma prova disso é o novo partido criado por Kassab de São Paulo (PSD)Partido Social Democrata, tentando fugir da herança maldita de FHC, e recuperar eleitores fingindo ser um partido social, quando na verdade não passa de maquiagem desesperada de políticos que tentam mudar o nome de partidos para encobrir suas origens e seus verdadeiros objetivos.

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