Copa x Educação

A euforia ( que espero não acabe) dos brasileiros com a copa do mundo me fez lembrar uma declaração de um economista a respeito dos motivos de ainda não termos avançado tanto quanto desejaríamos em educação. Segundo ele, o Brasil não avançou tanto na educação porque o ensino não é prioridade da família brasileira, perdendo até para o futebol. Ele afirmou que se, os brasileiros se preocupassem tanto com a educação quanto eles se preocupam com futebol, estaríamos em outro patamar.

A afirmação faz todo sentido. Somos, talvez, os torcedores mais críticos do mundo com a nossa seleção. Mesmo quando o Brasil vai passando de fase, os torcedores querem mais: querem que o time jogue com qualidade. Era assim que deveríamos nos comportar com a nossa educação. A mesma pressão que fazemos para que o time jogue bem, cada pai deveria fazer para que seu filho e sua escola apresentassem resultado e jogassem de forma entrosada.

Na Copa individual de cada um da educação, também cobraríamos com rigor qualidade no ensino. Não basta o aluno passar de fase ( ou ano). Cobraríamos que ele atuasse (aprendesse) bem, com qualidade, respeitando o técnico (Professor), jogando para o grupo ( com os demais alunos) mas sem ignorar suas características pessoais de jogo ( seu talento). E quando as coisas fossem de mal a pior, poderíamos, em vez de falar mal de nossos jogadores (alunos), cobrar duramente melhorias do técnico ( professor), da escolar, principalmente dos dirigentes (políticos).

Para vencer a copa, todos sabem que é preciso ter conjunto. No mundo globalizado e competitivo que infelizmente é o da educação, também precisamos garantir que todos os brasileiros tenham o mesmo nível educacional, para aí sim, deixar aflorar os talentos individuais que podem fazer a diferença. Como estão fazendo Luís Fabiano, Kaka, Robinho no futebol, podemos fazer o mesmo pela educação.