terça-feira, 30 de março de 2010

Jean Jacques-Rosseau - (1712 - 1778)

Filósofo de origem suiça (1712 - 1778), da cidade de Genebra, não chegou a conhecer a propia mãe, que faleceu após o trabalho de parto. Mesmo sendo de família humilde, o menino Jean-Jacques aprendeu a ler e escrever ainda muito novo, apoiado sempre pelo pai. Mais tarde, fora aluno do Pastor Lambercie, de rígida disciplina moral e religiosa. Precisou trabalhar desde cedo e sentira o que significava ser maltratado, explorado.
Na adolescência, encontra os portões da cidade fechados, quando volta de uma de suas saídas, opta por vagar pelo mundo. Acaba tendo como amante uma rica senhora e, sob seus cuidados acaba estudando música e filosofia. longe de sua protetora, que agora estava em uma situação financeira ruim e com outro amante, ele parte para Paris. Havia inovado em muitas coisas no campo da música. Rosseau rejeita a religião revelada e é fortemente censurado. Era apto de uma religião natural, em que o ser humano poderia encontrar Deus em seu próprio coração. Isso levou a várias de suas obras a serem queimadas e ele passou a ser perseguido.
O Contrato social foi publicado em 1762. Rousseau enfrenta opiniões contrárias e suspeita de complôs, de estar sendo perseguido. Antes que o prendam, foge. O livro causou problemas porque apontava o povo como origem legítima do governo. Quando ia saindo de sua casa, passa por quatro homens vestidos de preto, os oficiais de justiça, que iam prendê-lo. Vai para Yverdon. Pretende ir para Genebra. O parlamento de Paris condena Emílio a ser queimado e rasgado. O mesmo acontece com O contrato social. E também é decretada a prisão de Rousseau se ele aparecer em Genebra. Rousseau instala-se em Motrers. Frederico, rei da Prússia, deu-lhe dinheiro e madeira para o inverno. Rousseau abdica do título de cidadão de Genebra. Evita cerimônias públicas, pois o povo se inquieta contra ele e as autoridades fingem nada ver, não oferecendo proteção. No Contrato social, havia falado da Córsega, dizendo que esta ainda surpreenderá a Europa. Passa da teoria à prática escrevendo um Projeto para a legislação da Córsega, a pedido dos corsos. Em 1765, volta a Paris. Pretende permanecer incógnito, mas fica assim por pouco tempo. Quando tinha ido para a Suíça, recebera uma carta lisonjeira de Hume. Em Estrasbugo, recebeu outra, que respondeu. Aceita o convite de Hume para ir para a Inglaterra. No início mora numa casa de um amigo de Hume. Depois, muda-se para a casa de um vendeiro. Permanece por pouco tempo e vai para a casa de um burguês. Hume foi durante um período, protetor de Rousseau, que havia passado por tantas injúrias.Foi então que se sucedeu o incidente que os separou e fez Rousseau ficar paranóico de uma vez. Uma carta, pretensamente de Frederico, circulara em Paris em 1765. Quando a carta foi publicada num jornal, Rousseau a leu e ficou afetado profundamente. A carta foi escrita por Horace Nalpole, que assinou Frederico. Falava da perseguição de Rousseau e oferecia abrigo da Prússia. Tratava Rousseau como se fosse louco. Rousseau soube que Horace era amigo de Hume e ficou furioso. Renuncia a pensão secreta que fora oferecida, pois não queria aceitar favores de Hume. Hume fica indignado e alega inocência. Rousseau escreve uma carta com mais de trinta páginas, afetado por imaginação e complexo de perseguição. Encontrando Hume pessoalmente, Rousseau se arrepende. Mas a relação estava comprometida. Por cartas, despedem-se para sempre. Hume escreve a Exposição sucinta da contenda surgida entre o sr. Hume e o sr. Rousseau, em 1766. A partir de 1767, Rousseau é tomado por acesso de loucura e fica obcecado pela suspeita da maquinação de que fora vítima. Viaja muito pela Europa. Começa a escrever Confissões. Queria dar sua visão a respeito dos acontecimentos que marcaram sua vida atribulada. Volta a profissão de copista. No final de 1770 , termina Confissões. A partir de 1772 redige Diálogos. Vive uma vida reservada. Vai para Ermonville,em 1778 onde morre pouco depois.

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