quarta-feira, 17 de março de 2010

Bolívia e Equador na mira dos Estados Unidos


A Bolívia é alvo da nova estratégia golpista estadunidense.
Tal como na Venezuela, o êxito do processo revolucionário em curso é inseparável da ação e do prestígio do seu líder. Evo Morales conta com o apoio esmagador das massas aymaras e quechuas, que constituem a maioria da população. Evo é o primeiro indígena que chega à Presidência na América do Sul.
Não somente honrou os compromissos assumidos com o seu povo como foi mais longe numa radicalização progressiva de posições, que o levou a tomar medidas revolucionárias geradoras de confrontação com o imperialismo norte-americano e com transnacionais brasileiras e espanholas. Entretanto, o MAS ,que conta agora com mais de dois terços do Congresso, continua a ser mais um Movimento do que propriamente um partido. O “socialismo comunitário”, a

opção boliviana que encaminharia o país para o socialismo, reflete as contradições do MAS e a influência de uma exacerbação do indigenismo.
No governo, atuam forças que se esforçam por travar transformações revolucionárias. O próprio vice-presidente da República, Garcia Linera, é um intelectual cuja tese sobre a necessidade de um “capitalismo andino-amazónico “deixa transparecer a sua confusão ideológica, expressa, aliás, na defesa que faz das idéias de Toni Negri.
Washington acompanha com atenção as fragilidades do processo boliviano. A embaixada norte-americana tem-se envolvido em conspirações contra Evo Morales e agentes dos serviços de inteligência, da CIA e da DEA, mantêm relações estreitas com os dirigentes da oligarquia de Santa Cruz, núcleo do movimento separatista.
Sendo a Bolívia pela força da oposição o elo mais vulnerável da troika progressista sul-americana, os EUA não perdem a esperança de criar no país uma situação de caos, propicia a abrir a porta ao restabelecimento da velha ordem.

Rafael Correa presidente do Equador é um reformador anti-neoliberal, mas não se propõe encaminhar o Equador para o socialismo. Passou, entretanto, a ser também considerado pelo Pentágono como "inimigo dos EUA" a partir do dia em que declarou que fecharia a Base Militar de Manta quando expirasse o Acordo que tinha permitido a sua instalação.

A maneira como defendeu a soberania do seu país em situações de conflito com transnacionais petrolíferas e bananeiras que a desrespeitavam e as excelentes relações que desenvolveu com a Venezuela, a Bolívia e Cuba contribuíram para piorar as relações de Washington com o jovem presidente do Equador. E a tensão aumentou quando o governo de Quito apresentou provas de que a Base de Manta tinha colaborado activamente com a força aérea colombiana na preparação do bombardeamento em território do Equador do acampamento do comandante Raul Reyes, das FARC, agressão pirata que provocou então o rompimento de relações com o governo de Uribe.
A dignidade e firmeza de Rafael Correia na defesa da independência nacional conquistaram o respeito do seu povo, mas a agressividade da direita oligárquica, apoiada pelos EUA, aconselha muita prudência nas previsões sobre o futuro próximo. Na prática é muito reduzido o poder real de um presidente patriota e progressista num país que no final do século XX foi forçado pelos EUA a adotar o dólar como moeda nacional.
Que devido grande inflação, o descrédito da moeda local decorrente de freqüentes desvalorizações e medidas econômicas desencontradas por governos sucessivos, levaram a população a adotar informalmente o dólar como forma de assegurar minimamente o poder de compra - e a substituição oficial pela moeda norte-americana finalmente ocorreu após a crise da década de 90, sendo o Sucre apenas utilizado como unidade fracionada.

Assim cresce o desconforto estadunidense em relação à América Latina, pois alem desses focos socialistas ainda temos grandes focos como à Venezuela e Cuba, que já é propriamente socialista. Os Estados Unidos já começou a colocar as suas asas de fora ao nitidamente banca a deposição do presidente de Honduras e de forjar as eleições de Honduras deixando de lado um país que tinha de tudo pra se livrar das intenções dos Estados Unidos de Governa as Américas. Agora é ficar de olho nesses países para que nenhum golpe venha a acontecer. A Colômbia já se prepara para receber sete bases militares dos Eua, pra que? Pra proteger a Colômbia ou para ameaçar o crescimento do socialismo na América? A América esta como um barril de pólvora preste a explodir, junto com o socialismo que vem crescendo cada dia mais em terra bolivarianas.

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